domingo, 8 de agosto de 2010

vida de zé ninguém.

Hoje eu parei e sentei pra expressar,
me controlando na maior vontade de gritar
sinceramente preferia nada falar
deixar o tempo passar,e o destino me guiar,mas
as vezes o imprevisto pode causar isto,a mente retorna um passado que já foi visto
reescrito,prescrito,na mente uma bala e pá,certas coisas nessa vida eu não posso deixar de falar
leal como um cão,com alma de leão,bate forte o coração,não lembro do que é em vão
se me atingiram,me atingi também,ninguém impede a vida seja só zen
chamo um irmão,o que é meu é seu também,falo de coração,a vida de um zé ninguém.
as vezes o calafrio me conforta por inteiro,achar isso maneiro,o vício é traiçoeiro
o mano tá cabrero,de andar na selva escura,sozinho,indefeso,sem dragão nem armadura
a cavalaria estava pronta pra chegar,com palavras de jah,que morrer?é pra já
e num certo julgamento,deixou de ser detento,foi preso por tempo,e até um certo momento
se deixou pelo vento,e que venha filho meu,a morte lhe chamou e ele se encontrou com deus.
inconformado falou,reclamou,xingou: a vida lá embaixo tá dificil jhôw.
-deixei de ser menino,me chamaram de arcelino,apelidaram de pepino,não sei nem cantar o hino
não tenho educação,alfabetização,minha mulher se chama lua,minha casa é a rua
já não tenho nada e muita gente no agouro,a vida só dá chance pra quem tem berço de ouro
enquanto um rico cospe na minha cara eu to sorrindo,rezando e pedindo por mais um dia lindo
eu durmo na cidade,eu a oportunidade,que pra falar verdade,todos cegam que eu existo
se acreditam em cristo,acredito em paraiso,mundo submisso eu adquiro...

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